Missiologia e Educação Teológica

III Conferencia sobre a Missão da Igreja

Guatemala: 22-26 de abril de 1991

Barbara Helen Burns

1.  Introdução

1.1  No sentido de evangelização, todos são missionários (Atos 1:8)

1.2  Em outro sentido todos são chamados para missões transculturais–é a tarefa de todos na igreja  (Ef. 1:18-23; 3:20)

1.3  No sentido tradicional o missionário é descendente do apóstolo no Novo Testamento:  um enviado para o mundo ao fora (Atos 13:1-4).  É sobre o preparo dessa pessoa  que estamos preocupados nesse estudo.

1.3.1  Deus é responsável pelo preparo dos Seus servos, e Ele utiliza métodos informais, não-formais e formais ao longo da vida.

1.3.1.1  A cultura–cada cultura tem sua contribuição na construção do mosáico da Igreja de Cristo (cada um tem vantagens e desvantagens culturais no desempenho de missões).

1.3.1.2  A família (modelo, ensino, experiências que moldam a vida [testemunho pessoal])

1.3.1.3  As escolas, seculares e teológicas  (dão informações, mas mais importante, formam modelos de discipulado e aprendizado)

1.3.1.4  A igreja (modelo de comunidade, estilos de liderança e vida cristã; meio de comunicação dos propósitos de Deuspara o mundo; o principal instrumento para o discipulado; e o alvo de missões)

1.3.1.5    Exemplos bíblicos de preparo missionário–Paulo e Barnabé (profundamente preparados no conhecimento teológico, na comunidade da igreja, na comunicação transcultural)

1.3.2  Desde que o preparo missionário é de Deus, devemos com cuidado e humildade examinar como Ele quer faze-lo através de nós.  Em nossas escolas de preparo missionário não podemos fazer tudo, mas, sim, fazer a nossa parte com zelo confome os padrões de Deus.  Podemos compartilhar princípios  e ferramentos  e”apontar o caminho” (point the way).

2.  Teologia precisa de missões

2.1  Herman Ridderbos escreveu 586 páginas sobre a teologia Paulina, e nunca nehuma vez mencionou missões! (O teólogo não deve esquecer que a missão cristã primitiva foi a progenitora da teologia.)

2.2  Base bíblica–o centro da teologia e a razão da existência da Igreja é missões.

2.2.1  No A.T. Deus, que é digno do louvor das nações, demonstra o Seu amor e Sua autoridade sobre elas:

2.2.1.1  Na Criação (Gen. 3:15)

2.2.1.2  Na Escolha de Abraão (Gen 12:1-3)

2.2.1.3  Na Lei (Ex. 19:5-6)

2.2.1.4  No reino (o Templo; os Salmos)

2.2.1.5  Nos Profetas (Is. 42:6-12)

2.2.2  No N.T. o propósito central de Deus se cumpre através da Igreja.

2.2.2.1  Jesus veio como o Missionário por Excelência (Fl. 2:1-11).

2.2.2.2  Jesus preparou os Seus discípulos para alcançar as nações, culminando no dia em que Ele deu-lhes a Grande Comissão (os Evangelhos).

2.2.2.3  A obra do Espírito Santo é levar a Igreja a fazer missões (At 1:8).

2.2.2.4  O livro de Atos é a história de como o Espírito Santo começou a fazer missões na prática.

2.2.2.5  As Epístolas em grande parte são escritas para as igrejas que foram o resultado de missões, exortando-as a continuar vivendo para a glória de Deus no mundo e trabalhando para a expansão da Sua Igreja (Rm. 16:25-6; 1 Cor. 9:19-27)).

2.2.2.6  O Apocalipse é uma visão do resultado final–pessoas de todas as tribos e nações diante do Trono de Deus, louvando-O e engrandecendo-O.

2.2.3  Conclusão:  não devemos deixar que os currículos tradicionais, ou a costumeira falta de visão missionária, nos tire a perseverança em seguir as ênfases bíblicas.  

2.3  Enriquece o estudo de teologia quando aplicado em outras culturas e religiões.  O princípio de educação que aprendizado não ocorreu se o aluno não pode aplicá-lo em outros contextos. (√ Eisner)

2.4  Os líderes eclesiásticas (os formandos das escolas de teologia) precisam aprender a importância de missões

3.  Missões precisa de Teologia

3.1  O mandato missionário vem da própria Bíblia.  Não é uma idéia humana.  O missionário precisa entender isto–no contexto de todos os propósitos de Deus!  Se não, é onda, moda, com motivos errados e não para a glória de Deus.  (O missionário sem entendimento do propósito missionário de Deus terá dificuldade permanecer no campo por muito tempo.)

3.2  Os objetivos de missões dependem da teologia.

3.2.1  Pela teologia entendemos o que é evangelização e missões (o que é o Evangelho?  Os próprios missionários são salvos?  Entendem as implicações de salvação em Cristo?  Os povos realmente precisam do Evangelho?)

3.2.2  Fazer discípulos é levar pessoas de todas as nações a “guardar tudo” que Jesus ensinou (Mt 28:19-20).  Para tal, os missionários precisam primeiro conhecer e guardar aquilo que Jesus ensinou (que envolve o A.T. e N.T.–a Bíblia toda).  A autoridade das Escrituras não pode ser enfatizado demais.  É a Palavra que dé o conteúdo e direção para aquilo que o missionário vai fazer.

3.2.3  Os Evangelhos; Atos; as Epístolas; o exemplo de Israel; o estudo da glória de Deus; Deus e as nações, etc., são indispensáveis para a tarefa principal de missões–a implantação de igrejas autócotones que refletem a imagem de Deus nas suas culturas e sociedades.   

3.3  A teologia é o conteudo na bagagem missionária (as malas que transportam o conteúdo são antropologia missionária, comunicação transcultural, etc.).  É essencial que o missionário tem bons ferramentos teológicos e hermeneûticos para poder fazer a Palavra relevante e transformadora em outras culturas.

3.4  O caráter do missionário e dos seus discípulos é moldado pela teologia.  Fé em que?  Obediência a que e por quê?  Somos orientados pela Palavra–o caráter de Deus e sua vontade para nossas vidas (progressivo crescimento nas características cristãs:  humildade, amor, alegria no Senhor, confiança, submissão mútua, maturidade, estabilidade, perseverança, flexibilidade, simpatia).  Teologia é a base da ação.  Paulo sempre usa aquele poderoso “pois” (como em Ef. 4:1, depois de explicar em profundidade sobre a teologia da salvação, vida cristã, igreja, etc. em 1-3) porque as regras da vida cristã tem razão somente por causa de quem é Deus e o que Ele tem feito em nosso favor.

3.5  Nada é mais prática do que uma boa teoria (James Pleudemann)!  (Nossa tendência como Americanos do Norte e do Sul é sermos pragmáticos e ativistas em excesso.)

4.  Integração (ou não) teologia-missiologia

4.1  Modelos Estruturais Institucionais

4.1.1  Modelo Seminário sem Missões

4.1.1.1  Zero—>”Introdução à Missões”

4.1.1.2  Relegado ao canto–sem nenhuma atenção ou importância  

-“Missionário é alguém sem capacidade.”  “Missionário é Americano = rico, dominador, colonialista.”

-“Temos que evangelizar Brasil primeiro.” 

4.1.2  Modelo Treinamento Missionário sem Teologia

4.1.2.1  Excesso de “fé” – “Deus vai mostrar o que falar e fazer; não preciso estudar nada.”

4.1.2.2  Imediatismo–“Não tenho tempo.”

4.1.2.3  Orgulho–“Ja li a Bíblia uma vez.”

4.1.2.4  Pragmatismo–“Sempre posso dar um jeito.”  “Tudo vai dar certo.”

4.1.2.5  Illiterato–“Sou membro da igreja por 20 anos.”

4.1.2.6  Desrespeito da Palavra (as admoeções sobre qualidades de obreiros e missionários–“qualquer pessoa serve”), do campo (“Ele não sabe de muito, mas sabe mais do que os índios.”) e do próprio obreiro (“Deixa ele quebrar a cara.”  “Não temos dinheiro suficiente para enviar o sustento.”)

4.1.2.7  Coronelismo e paternalismo–“Eu vou indireitar/cuidar/tomar conta aqueles índios!”

4.1.3  Modelo Treinamento Missionário Pós-Teologia

Escolas que só aceitam os que se formaram.  Ex. Missão Antioquia (inclusive aceitam os que fazem apenas o curso modular [fims de semana por um ano]).  Exclusivamente ensinam matérias missiológicas.

4.1.3.1  Tira missões das escolas de teologia.

4.1.3.2 É baseado na teologia previamente feita, mas sem integração de teologia com os estudos mais pragmáticos e científicos de missiologia.

4.1.3.3  Tem a vantagem de relevância no treinemento (geralmente os alunos vão em seguida para a campo missionário).

4.1.3.4  Os alunos são mais maduros (se treinamento acontece na escola de telogia, os alunos sem maturidade podem diminuir o nível de aproveitamento).

4.1.3.5  São de curto prazo.

4.1.3.6  É mais fácil ser inovativo (experiências práticas, comunidade, crescimento espiritual, variedade e contato com professores).

4.1.4  Modelo Treinamento Integrado

4.1.4.1  CEM

-4.1.4.1.1. anos

-Módulos

-pós graduação

-comunidade

4.1.4.2  FTBSP

-diferentes programas

-fermento missionário dentro do seminário

-bacharel/mestrado/certificado/latu sensu

-estágios sendo implantados

-matérias integrados (Efésios)

-externo, sem ligação estreita com as igrejas

4.1.4.3  Campo Grande/Betel Brasileiro

-currículo integrado com missões/departamento também

4.2  Modelos metodológicos e didáticos

4.2.1  Bancários (acontece muito com o sistema modular, pois não há tempo para tarefas, discussões na sala de aula, e dinâmica de ensino)

4.2.2  Elitista (só o professor sabe)

4.2.3  Coronelista e paternalista (o professor decide e dirige tudo:  os objetivos, métodos, conteûdo, avaliações.  Só o professor fala)

4.2.4  Repetitivo/decorativo (listas de fatos, sem nenhuma oportunidade de aplicação usando casos, problemas a serem resolvidos, discussão em classe sobre as realidades das suas vidas e ministérios.

4.2.5  Dinâmico/discipulador

4.2.5.1  O professor é um modelo de humildade e dependência de Deus.  Ele ajuda o aluno saber aprender e ele aprende também.

4.2.5.2  O aluno tem que raciocinar/aprender estudar/pegar gosto pelo estudo e pela Palavra de Deus/conhecer fontes de pesquisa e como avançar no aperfeiçoamento para a vida toda/aprende tirar conclusões baseado em princípios aprendidos/aplicá-las/avaliá-las/compartilhá-las.

4.2.5.3  Há desenvolvimento de caráter, relacionamentos, dons, trabalho, conhecimento, etc.

4.3  Modelo Ideal–Comunidades de Reflexão e Preparo Missionária

4.3.1  Objetivos e Métodos Didáticos

4.3.1.1  Que a comunidade seja o corpo de Cristo em ação (exemplo de PAS em Caraguatatuba)

4.3.1.2  Que haja amor e respeito e compromisso à Palavra de Deus (exigências de conhecimento e compromisso com a Bíblia demonstrado em atitudes devocionais, estudos que leva a Bíblia a séria, capacidade de demonstrar a ligação entre vida e prática e princípios bíblicos, currículo com missiologia integrada com teologia constantmente [não apenas usando “textos-provas”])

4.3.1.3  Que o aluno seja motivado pelos grandes propósitos de Deus baseados nas Escrituras e demonstrados através de toda a história (o aluno deve ter fundamentos estacados nos estudos de teologia–bíblica, sistemática e histórica.  Só é adquirido isso em anos de participação em igrejas que realmente ensinam toda a verdade da Bíblia, e em escolas teológicas onde a Palavra é a ênfase central.) 

4.3.1.4  Que o aluno aprenda mais do que meros fatos; que os  valores, atitudes e cosmovisão sejam desafiados e transformados.  (Ele precisa livrar-se o máximo possível do seu etnocentrismo, respeitar e amar outros, e humildemente ajudar outros a crescerem.)

4.3.1.5  Que haja desenvolvimento de caráter, com a comunidade e os líderes acompanhando o aluno no seu crescimento espiritual, psicológico e social (contato intenso entre líderes e candidatos, desenvovimento de um “caring community”, atenção para problemas de relacionamentos, falta de humildade, falta de consideração para com o outro, falta de amor.  Os líderes sendo modelos de acessibilidade, identificação e humildade em ouvir, compreender os outros, com coragem de corrigir e edificar com honestidade)

4.3.1.6  Que o aluno possa aprender a fazer teologia, não apenas conhecê-la. (Isto não é inventar teologia, mas descobrí-la e aplicá-la em uma prática relevante.) Verdades de Deus e da vida cristã precisam fazer parte da sua vida duma forma tão integral, que ele possa traduzir estas verdades em outras linguagens e formas, sem ferir ou sacrificar o que a Bíblia realmente está dizendo.  (Missões cristãs sem a Bíblia é incoerente, pois o ensino da Palavra deve ser central àquilo que o missionário faz, e faz tão bem que o aprendiz pode levar o ensinamento para outros!)

4.3.1.7  Que haja verdadeira humildade e espírito de servo (tarefas de limpeza, cozinha, etc., ajudando uns aos outros e a igreja local, fazem parte da vida na comunidade)

4.3.1.8  Que o aluno desenvolva sua capacidade de fazer uma contextualização crítica (Hiebert), respeitando limites bíblicos, no meio de outras culturas (teologia, estratégia, história e ciências sociais visando aplicações e avaliações culturais e bíblicas)

4.3.1.9  Que a prática e a teoria sejam integradas, a prática coerente com a teologia.  Que o aluno adquira ferramentos que o ajudarão desenvolver fundamentos que o ajudarão resolver problemas em outros contextos e sem a ajuda de respostas pré-fabricadas, mas baseadas no entendimento profundo das Escrituras.  (Veja Anexa A para um exemplo no livro de Efésios)

4.3.1.10  Que a educação cristã missiológica seja mais crente! (Ted Ward).  (Se o trabalho missionário depende de oração, fé, o poder e a direção do Espírito Santo, o conhecimento e ensino das Escrituras, o discipulado, a implantação de igrejas, o serviço e a vida cristã, então o treinamento missionário precisa de tudo isto também, demonstrado na comunidade e na sala de aula!)

4.3.2  Estrutura:  Integração e cooperação entre igreja/escola teológica/missiologia/agência missionária

4.3.2.1  Cada um contribui e enriquece o outro em vez de cada um querer fazer tudo sozinho.

4.3.2.2  A igreja é a base de tudo; os alunos estudam e os professores ensinam na escola teológica (providenciando aquele fermento missionário para a escola teológica, e a base teológica para os missionários), a agência missionária e as igrejas ajudam com orientações específicas sobre suas filosofias, campos e estratégias, e providenciam oportunidades para estágios em outras culturas).

4.3.2.3  O ensino formal, não-formal e informal são incluídos numa comunidade de aulas, serviço, ministério, e vida em comunidade.  

4.3.2.4  Para ser bem sucedido precisa de líderes com experiência e vida aprovada para estar intimamente ligadas à comunidade.  Os alunos aceitos também devem ter chamado missionário, estar com processos de aceitação em andamento, serem aprovados pelas suas igrejas, e demonstraram certo nível de conhecimento bíblico.

4.3.2.5  Sem currículo copiado, mas feito levando em consideração o aluno, seus dons, sua cultura com suas vantagens de desvantagens e o trabalho que fará no campo missionário.

4.3.2.6  As igrejas tem que ser intimamente involvidas no preparo de missionários, pois são indispensáveis pelo processo de discipulado ao longo dos anos.  O missionário tem que ter o seu praxis  de implantação de igrejas baseado em modelos fortes de igrejas neo-testamentários que demonstram amor, a importância da oração, conceitos de poder espiritual e temporal, valores, como cumprir a responsabilidade social sem distinção entre pobres e ricos–uma verdadeira comunidade heterogência com crianças, mulheres, velhos, homens, pobres, e ricos aprendendo a se respeitar e viver em amor, serviço, edificação e respeito mútuo, estilos de governo com líderes-servos não dominadores, processos bíblicos de decisão, edificação mútua, louvor e compromisso com Deus, obediência à Palavra de Deus, alegria e serví-lO e como  a igreja deve se expandir (congregações novas) usando métodos bíblicos quanto financas, discipulado, etc.  Roberto Ferris diz: “A escola de preparo missionário que submete à direção da sua igreja constituinte, convidando a igreja a participar em formar curriculo, serve como modelo alternativo.  Formandos tem menos tendência de pensar que são independentes das igrejas.  Sua prontidão em se colocar dentro da igreja emergente e submeter à sua direção, providencia um modelo mais Bíblico para líderes nacionais.” (International Missionáry Training:  A Global Perspective  a ser publicado pelo IMTP)

4.3.2.7  Estágios e experiências práticas bem acompanhados e avaliados com auxílio das igrejas e agências missionárias.

4.3.3  Conclusões:  Considerações Práticas

4.3.3.1  A escola de treinamento missionário deve ficar nas proximidades de uma(s) igreja(s) local(ais) que apresenta um bom modelo eclesiástica, amor por missões, compreensão e compromisso com o treinamento e discipulado de missionários e disposição de se involver com as vidas e o desenvolver dos dons dos candidatos à missões.  Paulo e Barnabé ficaram um ano ensinando em Antioquia; a igreja local tem que providenciar oportunidades para que os candidatos possam aprender ensinar, sendo corrigidos, encorajados e apoiados nos seus passos de crescimento.

4.3.3.2  Uma(s) escola(s) teológica deve estar acessível para que os alunos sem preparo teológico adequado podem aproveitar de matérias e professores de valor.  Se o seminário oferece matérias missiológicos, então a escola deve aproveitar estas matérias, em vez de dar separadamente.  (Provavelmente alguns líderes da comunidade são professores no seminário.)  

4.3.3.3  No programa da comunidade, haverá tempo para aulas formais (nos seminários fora, de professores visitantes, e da própria comunidade); oportunidades de por em prática aquilo aprendido em experiências práticas de evangelização, plantação de igrejas novas, e edificação pelo ensino nas igrejas involvidas no preparo;  períodos de trabalho manual e serviço prestado; e, muito importante, horas cada semana de reflexão em grupo quando o aprendizado, a prática, os problemas, os alvos e as idéias podem ser discutidos num ambiente de amor, aceitação mútua e busca da vontade de Deus.

Em conclusão cito Robert Ferris novamente:  

. . . o conteúdo, ênfase e equilíbrio do currículo devem ser submetidos a apuração das Escrituras.  É essencial quando programas são orientados pelos alvos a serem atingidos e são inovativos.  É egualmente importante, portanto, quando o conteúdo e estratégia do treinmamento é tradicional.  Em ambos os casos, o exame cuidadoso da Bíblia nos tráz atona questões cruciais e adverte quando falhas no programa.  Que Deus nos ajude permanecer fieis à letra e o espírito da Sua Palavra!

Bibliografia

ANEXO A

Escolas Teológicas em Cooperação com Missões

Barbara Helen Burns

Assembléia Anual da AETTE, 7/90

(página 6)

IV.  Indicações didáticas 

A. A Bíblia deve ser a base do ensino missionário.

1. Não usar a Bíblia como “texto prova.”

2. Indicar textos relevantes e pedir que os alunos mesmos descubrem as implicações para o assunto do dia.

B. Levar o aluno a sempre avaliar suas idéias, pressupostos, práticas comparando-as com a Bíblia.

C. Envolver sempre o aluno com o seu próprio aprendizado.

D. Ajudar o aluno a fazer aplicações práticas das teorias, tanto na própria sala de aula, como na vida eclesiástica e cotidiana.

E. Facilitar o trabalho em conjunto com outros alunos dentro e fora da sala de aula (como vai precisar fazer no campo missionário com colegas missionários e nacionais).

F. Criar dentro da sala de aula um modelo de “líder-servo” (professor-servo), humildade, amor, dependência em Deus, submissão à autoridade da Palavra, respeito mútuo, liberdade de expressão, etc.

G. Evitar apostilas pré-fabricadas, fórmulas enlatadas e hierarquias ` do professor dominante.

H. Exemplo de Efésios–uma teologia bíblica de missões.  Porque é necessário?  

1. O estudo de missiologia a partir do texto bíblico já põe em prática aquilo que será feito (esperamos) no campo missionário. 

2. Missiologia baseada na teologia é carregada de autoridade da própria Palavra de Deus.

3. É algo que ele sempre estará voltando a ler e a aplicar.

4. Envolve o próprio aluno na exegese e aplicação com práxis específicamente relevante dentro da cultura brasileira.  

5. Exige uma boa prática hermenêutica.

6. Envolve a comunidade da classe, inclusive o professor (o professor também aprende, tirando hierarquias e domínio não bíblicos).

7. É um modelo sadio de discipulado que o próprio aluno imitará no campo missionário. 

8. Segue o exemplo de Jesus 

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